Fundação 2007 - Notícias - Informações - Entretenimento - Curiosidades - Ano 2023 -

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*Parabola : A verdade nua que ninguém gosta

Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome.

E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas. 

Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.
Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante. 

— Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.
— Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu a amargurada verdade.
— Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. 


Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece. 

Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.

Reflita :
Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade nua e crua sem adornos. Eles preferem ela disfarçada. Divulgue e compartilhe sempre as parábolas, pois você pode estar ajudando alguém que não gosta da verdade nua e crua. 



*Parábola : A Historia do Tigre

Um homem vinha caminhando pela floresta, quando viu uma raposa que perdera as pernas. Perguntou-se como ela faria para sobreviver. 

Viu, então, um tigre aproximando-se com um animal abatido na boca. 

O tigre saciou a própria fome e deixou o resto da presa para a raposa.


No dia seguinte, o tigre alimentou a raposa novamente. O homem maravilhou-se com a grandiosidade de Deus, que usava o tigre para ajudar outro animal. 

Disse a si mesmo: 

“Também eu irei me recolher em um canto, com plena confiança em Deus. E ele há de prover tudo de que eu precisar.”

Assim fez. Mas, durante muitos dias, nada aconteceu. Estava já quase às portas da morte, quando ele grita:


"Porque não me ajudou Senhor como fizeste com a raposas?"

Logo em seguida uma voz forte falou:

- Ó, tu que estás no caminho do erro, abre os olhos para a verdade! Segue o exemplo do tigre e pára de imitar a raposa aleijada.

Reflita:
As vezes temos o erro de esperar demais. Não descanse.

*Parabola : O Mestre que morava na mata


Há muito tempo, vivia solitário na mata um grande mestre espiritual, famoso por dar conselhos que tornavam as pessoas ricas.

Um jovem ficou fascinado com a lenda e resolveu entrar na mata à procura do mestre. Andou por dias e enfim encontrou a cabana do sábio. Ao chegar, logo questionou o mestre:

- Quero ser muito rico a fim de ajudar todos os pobres do mundo. Senhor, conte-me qual é o segredo para gerar riqueza e abundância de bens.

O sábio meditou por alguns segundos e respondeu: - No coração de cada ser humano moram duas deusas. Todos somos apaixonados por elas, é impossível ignorá-las. Mas elas guardam um grande segredo, que precisa ser revelado. Vou lhe contar o segredo.

O jovem deu um grande sorriso de satisfação.

O sábio, no entanto, manteve a mesma expressão, e continuou:

- Uma das deusas se chama Sabedoria e a outra se chama Riqueza. Embora você ame as duas deusas na mesma intensidade, é preciso dedicar a uma delas atenção especial. Você precisa fazer uma escolha fundamental entre uma delas. Se você perseguir, amar, dedicar-se intensamente à deusa Sabedoria, a Riqueza ficará enciumada, desejando o mesmo afeto. Assim, quanto mais você buscar a Sabedoria, mais a Riqueza vai desejar entregar-se a você. Ela nunca lhe abandonará. O segredo da prosperidade e da abundância está no modo como você trata a Sabedoria.

Para refletir

Quando nos preocupamos com a "deusa" Sa­bedoria, recebemos muitos benefícios em troca. A sabedoria nos orienta, faz-nos ser melhores, mais ativos, mais criativos, mais eficazes. Sem sabedoria, definhamos.

O jovem pode optar por desejar unica­mente a Riqueza, mas certamente sua vida será vazia, sem sentido, sem o vigor que vem com a sabedoria. O conhecimento (sabedoria) tem um poder que é a chave para o sucesso e para a realização. Invista no conhecimento. Esteja sempre atualizado, comprometido com seu crescimento pessoal.

Só por meio da educação, fonte da sabedoria, poderemos construir um mundo melhor. Aproveite também, ao máximo, cada experiência que você tiver ao longo da vida, extraindo de cada uma delas uma lição. As nossas experiências têm muito a nos ensinar e também nos tornam sábios.




*Parábola : O Arrependimento

Há muito tempo atrás, uma menina chamada Lili se casou e foi viver com o marido e a sogra.
Depois de alguns dias, passou a não se entender com a sogra.


As personalidades delas eram muito diferentes e Lili foi se irritando com os hábitos da sogra que freqüentemente a criticava.


Meses se passaram e Lili e sua sogra cada vez discutiam e brigavam mais.
De acordo com antiga tradição chinesa, a nora tinha que se curvar a sogra e a obedecer em tudo.


Lili já não suportando mais conviver com a sogra decidiu tomar uma atitude e foi visitar um amigo de seu pai, que a ouviu e depois com um pacote de ervas lhe disse:


- Você não poderá usá-las de uma só vez para se libertar de sua sogra porque isso causaria suspeitas. Vou lhe dar várias ervas que irão lentamente envenenando sua sogra. A cada dois dias ponha um pouco destas ervas na comida dela. Agora, para ter certeza de que ninguém suspeitará de você quando ela morrer, você deve ter muito cuidado e agir de forma muito amigável ate ela partir. Não discuta, ajudarei a resolver seu problema, mas você tem que me escutar e seguir todas as instruções que eu lhe der.


Lili respondeu:
- Sim, Sr. Huang, eu farei tudo o que o que o senhor me pedir.
Lili ficou muito contente, agradeceu ao Sr. Huang e voltou apressada para casa para começar o projeto de assassinar a sua sogra.


Semanas se passaram e a cada dois dias, Lili servia a comida especialmente tratada à sua sogra. Ela sempre lembrava do que Sr.Huang tinha recomendado sobre evitar suspeitas e assim ela controlou o seu temperamento, obedeceu a sogra e a tratou como se fosse sua própria mãe.


Depois de seis meses a casa inteira estava com outro astral.


Lili tinha controlado o seu temperamento e quase nunca se aborrecia.
Nesses seis meses não tinha tido nenhuma discussão com a sogra, que agora parecia muito mais amável e mais fácil de lidar.
As atitudes da sogra também mudaram e elas passaram a se tratar como mãe e filha.


Um dia Lili foi novamente procurar o Sr. Huang para pedir-lhe ajuda e disse:
- Querido Sr. Huang, por favor me ajude a evitar que o veneno mate minha sogra! Ela se transformou numa mulher agradável e eu a amo como se fosse minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que eu lhe dei.


Sr. Huang sorriu e acenou com a cabeça.
- Lili, não precisa se preocupar. As ervas que eu dei eram vitaminas para melhorar a saúde dela. O veneno estava na sua mente e na sua atitude, mas foi jogado fora e substituído pelo amor que você passou a dar a ela.

"Na China existe uma regra dourada que diz: 


"A pessoa que ama os outros também será amada."

Reflita:
Na grande parte das vezes recebemos das outras pessoas o que damos a elas... por isso

C U I D A D O !!!

LEMBRE-SE SEMPRE:

O plantio é opcional...
A colheita é obrigatória...
Por isso cuidado com o que planta !!



*Parábola : O Julgamento


Havia numa aldeia um velho muito pobre, mas até reis o invejavam, pois ele
tinha um lindo cavalo branco...
Reis ofereciam quantias fabulosas pelo cavalo, mas o homem dizia:


- Este cavalo não é um cavalo para mim, é uma pessoa. E como se pode vender uma pessoa, um amigo ?


O homem era pobre, mas jamais vendeu o cavalo.

Numa manhã, descobriu que o cavalo não estava na cocheira.

A aldeia inteira se reuniu, e disseram:
- Seu velho estúpido! Sabíamos que um dia o cavalo seria roubado. Teria sido melhor vendê-lo. Que desgraça !
O velho disse:
- Não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está na cocheira. Este é o fato, o resto é julgamento. Se se trata de uma desgraça ou de uma benção, não sei, porque este é apenas um julgamento. Quem pode saber o que vai se seguir ?


As pessoas riram do velho.
Elas sempre souberam que ele era um pouco louco.
Mas, quinze dias depois, de repente, numa noite, o cavalo voltou.
Ele não havia sido roubado, ele havia fugido para a floresta.
E não apenas isso, ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.
Novamente, as pessoas se reuniram e disseram:
- Velho, você estava certo. Não se trata de uma desgraça, na verdade provou
ser uma benção.
O velho disse:
- Vocês estão se adiantando mais uma vez. Apenas digam que o cavalo está de
volta... quem sabe se é uma benção ou não? Este é apenas um fragmento. Você
lê uma única palavra de uma sentença - como pode julgar todo o livro ?
Desta vez, as pessoas não podiam dizer muito, mas interiormente sabiam que
ele estava errado.
Doze lindos cavalos tinham vindo...
O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens.
Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um cavalo e fraturou as pernas.
As pessoas se reuniram e, mais uma vez, julgaram.
Elas disseram:
- Você tinha razão novamente. Foi uma desgraça. Seu único filho perdeu o
uso das pernas, e na sua velhice ele era seu único amparo. Agora você está
mais pobre do que nunca.
O velho disse:
- Vocês estão obcecados por julgamento. Não se adiantem tanto. Digam apenas
que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe se isso é uma desgraça ou
uma benção. A vida vem em fragmentos, mais que isso nunca é dado.


Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos
os jovens da aldeia foram forçados a se alistar.
Somente o filho do velho foi deixado para trás, pois recuperava-se das fraturas.
A cidade inteira estava chorando, lamentando-se porque aquela era uma luta
perdida e sabiam que a maior parte dos jovens jamais voltaria.


Elas vieram ate o velho e disseram:
- Você tinha razão, velho - aquilo se revelou uma benção. Seu filho pode estar aleijado, mas ainda está com você. Nossos filhos foram-se para sempre.


O velho disse:
- Vocês continuam julgando. Ninguém sabe ! Digam apenas que seus filhos foram forçados a entrar para o exército e que meu filho não foi. Mas somente Deus sabe se isso é uma benção ou uma desgraça. Não julgue, porque dessa maneira jamais se tornará uno com a totalidade. Você ficará obcecado com fragmentos, pulará para as conclusões a partir de coisas pequenas.


Reflita:

Quando você julga, você deixa de crescer. Julgamento significa um estado
mental estagnado. E a mente deseja julgar, porque estar em um processo é
sempre arriscado e desconfortável. Na verdade, a jornada nunca chega ao
fim. Um caminho termina e outro começa: uma porta se fecha, outra se abre.
Você atinge um pico, sempre existira um pico mais alto. Aqueles que não
julgam estão satisfeitos simplesmente em viver o momento presente e de nele
crescer... somente eles são capazes de caminhar com Deus.


*Parábola : O Homem que não se irritava

Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém.

Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas.


Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido.
Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar.


Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, que o homem gostava muito.


A garçonete chegou próxima a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa.
Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa.
Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.
Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha.
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente, para ver sua reação.
Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse: o que o senhor deseja?
Ao que ele respondeu, naturalmente: a senhora não me serviu a sopa.
Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o: servi, sim senhor!
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos...
Todos pensaram que ele iria brigar... Suspense e silêncio total.


Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranquilamente: a senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!


Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar, convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse a compostura.


REFLITA:


Bom seria se todas as pessoas agissem sempre com discernimento em vez de reagir com irritação e impensadamente.
Ao protagonista da nossa singela história, não importava quem estava com a razão, e sim evitar as discussões desgastantes e improdutivas.
Quem age assim sai ganhando sempre, pois não se desgasta com emoções que podem provocar sérios problemas de saúde ou acabar em desgraça.
Muitas brigas surgem motivadas por pouca coisa, por coisas tão sem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da discussão.
Não discuta! Isso acaba ferindo você e quem você está discutindo!!




*Parabola : A Ratoeira


Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.

Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali.


Ao descobrir que era uma ratoeira, ficou aterrorizado.


Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:


"- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!! "
A galinha, disse:
"- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda."


O rato foi até o porco e lhe disse:


"- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!!!"


"- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces."

O rato dirigiu-se então à vaca. Ela lhe disse:


"- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não! "


Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.


Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua
vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral.
O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.


Reflita:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos."




*Parábola : A menina que deixou o barro secar

(Foto Meninas de Cristo)
Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas. No dia seguinte, Júlia, sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.
Mariana não podia porque sairia com sua mãe naquela manhã. Júlia, então, pediu à coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.
Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo seu ciúme por aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.
Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: “Esta vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo?”Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão. Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações.
Mas a mãe, com muito carinho, ponderou:
– Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa? Ao chegar a sua casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou. Você lembra do que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar. Pois é, minha filha! Com a raiva é a mesma coisa.
Deixa a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo. Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu ir para a sala ver televisão. Logo depois alguém tocou a campainha. Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:
– Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente?
Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.
Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa.
– Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou. E, tomando a sua coleguinha pela mão, levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro.


Reflita:
Está com raiva de alguma coisa ou de alguém? Deixe o barro secar, deixe a raiva secar.



*Parábola : Os 3 Leões

Em determinada floresta, havia três leões. Um dia, o macaco, representante eleito dos animais súditos, fez uma reunião com toda a bicharada da floresta e disse:

– Nós, os animais, sabemos que o leão é o rei dos animais, mas há uma dúvida no ar: existem três leões fortes. Ora, a qual deles nós devemos prestar homenagem? Quem, dentre eles, deverá ser o nosso rei?


Os três leões souberam da reunião e comentaram entre si: 


– É verdade, a preocupação da bicharada faz sentido. Uma floresta não pode ter três reis. Precisamos saber qual de nós será o escolhido. Mas como descobrir?


Essa era a grande questão. Lutar entre si eles não queriam, pois eram muito amigos. 


O impasse estava formado. De novo, todos os animais se reuniram para discutir uma solução para o caso.

Depois de muito pensar, tiveram uma ideia excelente. O macaco se encontrou com os três felinos e contou o que eles decidiram:


– Bem, senhores leões, encontramos uma solução desafiadora para o problema. Ela está na Montanha Difícil.
– Na Montanha Difícil?! Como assim?
– É simples. Decidimos que vocês três deverão escalar a Montanha Difícil. Aquele que atingir o pico primeiro será consagrado o rei dos reis.


A Montanha Difícil era a mais alta entre todas naquela imensa floresta. O desafio foi aceito.
No dia combinado, milhares de animais cercaram a montanha para assistir à grande escalada. O primeiro tentou. Não conseguiu. Foi derrotado. O segundo tentou. Não conseguiu. Foi derrotado. O terceiro tentou. Não conseguiu. Foi derrotado.
Os animais estavam curiosos e impacientes, afinal, qual deles seria o rei, uma vez que nenhum dos três foi bem-sucedido?


Foi nesse momento que uma águia idosa e sábia pediu a palavra:


– Eu sei quem deve ser o rei!


Os animais fizeram um silêncio de grande expectativa.


– A senhora sabe como? – gritaram.
– É simples – disse a ave. – Eu estava voando entre eles, bem de perto, e, quando eles voltaram fracassados para o vale, escutei o que cada um deles disse para a montanha.
O primeiro leão disse: “Montanha, você me venceu!”


O segundo disse: “Montanha, você me venceu!”


O terceiro leão também disse: “Montanha, você me venceu. No entanto completou:
Por enquanto! Mas você, montanha, já atingiu seu tamanho mais alto, e eu ainda estou crescendo”.
– A diferença – completou a águia – é que o terceiro leão teve uma atitude de vencedor diante da derrota, e quem pensa assim é maior que seu problema, é rei de si mesmo e está preparado para ser rei dos outros.
Os animais da floresta aplaudiram entusiasticamente o terceiro leão, que foi coroado rei entre os reis.

Sábio como um verdadeiro rei, o terceiro leão atual rei disse:

- Meus dois amigo passam a ser reis também. Eles a partir de hoje serão reis do rei.

Reflita:
Não basta ser somente líder. Para ser líder tem que ser sábio e fiel aos amigos.
Pense nisso sempre.


*Parábola : Valorizando o Tempo

Conta-se que um jovem de uma aldeia no interior da China não dava nenhuma importância ao tempo. Sempre deixava tudo para depois, sempre se julgava novo demais para fazer qualquer coisa naquele momento, sempre alegava que o que mais tinha era tempo. E exatamente por ter muito, não o valorizava.
Certo dia, porém, esse jovem se encontrou com um velho sábio que dizia ser uma pessoa feliz, pois soube muito bem aproveitar o seu tempo e, mesmo no fim de sua vida, o que ele mais fazia era valorizar o pouco tempo que ainda lhe restava. Curioso com tamanho disparate, o jovem perguntou:
– Senhor, por que você valoriza tanto o tempo? Poderia me dizer qual é o real valor dele?
O sábio, percebendo o interesse, respondeu:
– Para você entender o valor do tempo, vamos transformá-lo em dinheiro. Imagine que você tenha uma conta corrente e, a cada manhã, você acorde com um saldo de 86.400 moedas. Só que não é permitido transferir esse saldo do dia para o dia seguinte. Todas as noites, sua conta é zerada, mesmo que você não tenha conseguido gastar durante o dia. O que você faz?
– Eu gastaria cada centavo todos os dias, é claro! – respondeu convicto o jovem.
– Sim, gastaríamos cada centavo. Pois bem, todos nós somos clientes desse banco, que se chama tempo.
Todas as manhãs, são creditados para cada um 86.400 segundos. Todas as noites, o saldo é debitado como perda. Não é permitido acumular esse saldo para o dia seguinte. Todas as manhãs, a sua conta é reiniciada, e todas as noites, as sobras do dia se evaporam. Não há volta. Você precisa gastar vivendo no presente o seu depósito diário. 


O jovem ficou pensativo e ali mesmo decidiu viver o tempo intensamente, viver como se cada segundo fosse o último de sua existência. E conta-se que, graças a isso, esse jovem cresceu, fez fortuna, criou uma grande família, foi feliz e respeitado como uma pessoa que sempre soube dar o devido valor ao tempo


Reflita:
Invista, então, no que for melhor: na saúde, na felicidade e no sucesso! O relógio está correndo. Faça o melhor para o seu dia-a-dia. Para perceber o valor de um ano, pergunte a um estudante que repetiu de ano. Para dar valor a um mês, pergunte a uma mãe que teve o bebê prematuramente. Para perceber o valor de uma semana, pergunte ao editor de um jornal semanal. Para conhecer o valor de uma hora, pergunte aos amantes que estão esperando para se encontrar. Para você encontrar o valor de um minuto, pergunte a uma pessoa que perdeu um trem. Para perceber o valor de um segundo, pergunte a uma pessoa que conseguiu evitar um acidente. Para você aprender o valor de um milissegundo, pergunte a alguém que recebeu a medalha de prata na Olimpíada. Valorize cada momento que tem! E valorize mais porque você deve dividir com alguém especial o suficiente para gastar o seu tempo junto com você. Lembre-se de que o tempo não espera por ninguém. Ontem é história. O amanhã, um mistério. O hoje é uma dádiva. Por isso, é chamado presente!
O jovem ficou pensativo e ali mesmo decidiu viver o tempo intensamente, viver como se cada segundo fosse o último de sua existência. 




*Parabola : O Presente Invisível

Marcos era uma criança que vivia com sua mãe, uma pobre costureira, numa casinha de um só quarto. 
No seu aniversário, na sua cama, a criança esperava ansiosa um presente. 

Ele tinha deixado pendurada na janela da casa uma meia, esperando encontrá-la na manhã seguinte cheia de presentes.

Mas sua mãe sabia que não haveria presentes por falta de dinheiro. Para evitar que ficasse desiludido, explicou-lhe:

- Há bens visíveis, que se compram com dinheiro, e bens invisíveis, que não se compram, nem se vendem, nem se vêem, mas que fazem a gente muito feliz: por exemplo, o carinho da mãe.

No dia seguinte, o filho acordou, correu e viu sua meia vazia. Recolhe-a com emoção e alegria e mostra-a à mãe:

- Mãe, está cheia de bens invisíveis! - exclamou feliz.

Mais tarde, na escola, Marcos parecia indiferente neste dia.

Para cada um a professora perguntava, no dia seguinte de seu aniversário, o que o aluno tinha ganho 


- Parabéns Marcos por seu aniversário. E você, Marcos, o que ganhou? - perguntaram-lhe seus colegas.

Marcos levantou a cabeça e mostrou sua meia vazia:

- Eu ganhei bens invisíveis! - respondeu.

Diante das gargalhadas de seus colegas, sua professora se aproximou e pediu silêncio para que Marcos pudesse explicar.

- Bens invisíveis - repetiu ele. - Amor, felicidade, amizade, carinho, harmonia, união, alegria, sabedoria, paciência e muitos mais...

Seus colegas não sabiam se deveriam rir ou ficar sérios.

Enquanto isso, Fredy, menino muito cheio de si e mascarado, e, por esta razão, pouco simpático aos seus colegas, estava sendo gozado, por inveja, pelas outras crianças, que desfaziam do belo carrinho com controle remoto que ele ganhou de presente no dia de seu aniversário que acontecera na semana anterior e que orgulhosamente exibia. Eles punham defeito em tudo. Então, Fredy, furioso, pegou o carrinho e o espatifou contra o chão. Quando seus pais souberam em casa deste gesto, foram conversar com a professora no dia seguinte:

- Não sei o que fazer - disse o pai à professora - Nenhum presente o torna feliz.

- Não sabemos o que fazer com ele - acrescentou a mãe.

Então, a professora, que conhecia os problemas de relacionamento de Fredy com seus pais, disse-lhes:

- Talvez Fredy goste do presente que ganhou Marcos. Perguntem a ele - disse mostrando-lhes o menino.

Os pais aproximaram-se de Marcos e ficaram conversando com ele durante alguns minutos. Depois comentaram com a professora:

- Acho que foram esses os presentes que devíamos ter-lhe dado e não lhe demos. Obrigado.

E foram embora, levando seu filho Fredy para dar-lhe de presente... "bens invisíveis"!


Reflita:

Os bens matérias são menos importantes do que os invisíveis.




*Parábola : Cuidado com os seus 15 minutos

Era uma vez ,há muitos e muitos anos, uma escola de anjos. Conta-se que naquele tempo, antes de se tornarem anjos de verdade, os aprendizes de anjos passavam por um estágio. Durante um período, saíam em dupla para fazer o bem e, no fim de cada dia, apresentavam ao anjo mestre uma relação das boas ações praticadas.

Aconteceu de um dia, dois anjos estagiários, depois de vagarem exaustivamente por todos os cantos, regressarem frustrados por não terem conseguido realizar um salvamento sequer. Parece que naquele dia o mal estava de folga. Enquanto voltavam, tristes, depararam com dois lavradores que seguiam por uma trilha. Nesse momento, um deles, soltando um grito de alegria, disse ao outro:

-Tive uma idéia! Que tal darmos poder a esses dois lavradores por quinze minutos para ver o que eles farão? O outro anjo respondeu:

-Você ficou maluco? O anjo mestre não vai gostar disso!

Mas o primeiro retrucou:

-Que nada, acho que ele vai até gostar. Vamos fazer isso e depois contaremos a ele.

E assim fizeram. Tocaram suas mãos invisíveis na cabeça dos dois e puseram-se a observá-los. Poucos passos adiante, os lavradores se separaram e seguiram por caminhos diferentes. Um deles, após alguns metros, viu um bando de pássaros voar em direção à sua lavoura. Passou a mão na testa e disse:

-Por favor, meus passarinhos, não comam a minha plantação. Preciso que essa lavoura cresça e produza, pois é dela que tiro meu sustento.

De imediato, ele viu, espantado, a lavoura crescer em questão de segundos e ficar prontinha para a colheita. Assustado, esfregou os olhos e acelerou o passo, pensando que devia estar mesmo muito cansado. Aconteceu que, logo adiante, ele caiu ao tropeçar em um pequeno porco seu que havia fugido do chiqueiro. Mais uma vez, esfregando a testa suarenta, disse:
-Você fugiu de novo, meu porquinho?! Mas a culpa é toda minha... ainda vou construir um chiqueiro decente pra você.

Mais uma vez maravilhado, ele viu o chiqueiro transformar-se em um local limpo e acolhedor, todo azulejado, com água corrente e o porquinho já bem feliz e instalado em seu compartimento. Esfregou novamente os olhos e, apressando ainda mais o passo, pensou: “Estou muito cansado!”

Assim que chegou em casa e abriu a porta, a tranca que estava pendurada no alto caiu sobre sua cabeça. Ele tirou o chapéu e, esfregando a cabeça, disse:

-De novo... e o pior é que eu não aprendo mesmo. Também, não tem me sobrado tempo. Mas ainda hei de ter bastante dinheiro para construir uma casa grande assim e dar um pouco mais de conforto à minha mulher.

Naquele momento aconteceu um milagre: a humilde casinha foi se transformando numa verdadeira mansão diante de seus olhos. Assustadíssimo e sem nada entender, convicto de que todas aquelas visões eram decorrência do cansaço, jogou-se numa enorme poltrona e em segundo dormia profundamente. Minutos depois, ouviu alguém pedindo socorro:

- Compadre, me ajude! Estou perdido!

Ainda sonado, sem entender o que acontecia, levantou correndo. Tinha na mente imagens muito fortes de algo que não entendia bem e que lhe parecia um sonho. Quando chegou à porta, encontrou o amigo em prantos. Ele se lembrava de que minutos antes de se despedirem na trilha tudo estava bem. Perguntou o que havia acontecido e ouviu a seguinte história:

-Compadre, nós nos despedimos no caminho e eu segui para minha casa. Acontece que um pouco mais adiante vi um bando de pássaros voando em direção à minha lavoura. Fiquei revoltado e gritei: “Vocês de novo, atacando minha lavoura? Tomara que seque tudo e que vocês morram de fome!”. No mesmo instante, juro, vi a lavoura secar e todos os pássaros morreram diante dos meus olhos! Pensei comigo: “Devo estar cansado” e apressei o passo. Mais adiante, caí, depois de tropeçar no meu porco que havia fugido do chiqueiro. Fiquei muito bravo e gritei: “Você fugiu de novo?! Por quê não morre logo e pára de me dar trabalho?!” Compadre, não é que o porco morreu bem ali na minha frente? Acreditando estar vendo coisas, andei mais depressa ainda e, ao entrar em casa, me caiu na cabeça a tranca da porta. Como já estava mesmo com muita raiva, gritei novamente: “Esta casa caindo aos pedaços... por quê não pega fogo logo e isso acaba de uma vez?” Para surpresa minha, compadre, a casa começou a pegar fogo na hora, e tudo foi tão rápido que nada pude fazer!

Assim que acabou de contar a história, o lavrador se deu conta da belíssima casa do amigo:

-Mas compadre... o que aconteceu com a sua casa?! De onde veio esta mansão?
Depois de tudo observarem, os dois anjos, muito amedrontados, foram contar ao anjo mestre o que havia se passado. Estavam apreensivos quanto à reação que teria o seu superior, mas tiveram uma agradável surpresa.

O anjo mestre ouviu com atenção o relato, parabenizou os dois pela idéia brilhante que haviam tido e resolveu que, a partir daquele momento, todos os seres humanos desfrutariam de quinze minutos de poder na vida. Só que jamais saberiam quando esses quinze minutos lhes seriam oferecidos.


Reflita:

Será que os quinze próximos minutos são os seus? Muito cuidado, portanto, com tudo o que diz, com seu modo de agir e de pensar!
Lembre-se:
Sua mente está sempre trabalhando para que tudo aconteça, seja algo bom ou algo ruim. Tudo que você pensar é concretizado, hoje, amanhã ou no futuro. Cuidado.



*Parábola : A cidade mudou por causa de um vestido azul

(Foto - Rua Alsace - França)
Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela freqüentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas.
O professor ficou penalizado com a situação da menina.


"Como é que uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?".

Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu lhe comprar um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul.

Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas.

Quando acabou a semana, o pai falou: 

"mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal ajeitarmos a casa? Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim."

Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes. Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade.
Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado. 

Um homem, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito expor suas idéias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro.
A rua de barro e lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.

E tudo começou com um vestido azul.

Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou fazendo que outras pessoas se motivassem a lutar por melhorias.

Reflita :
Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive?
Por acaso somos daqueles que somente apontamos os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e a violência do trânsito?
Lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada.
É difícil reconstruir um planeta, mas é possível dar um vestido azul.
Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento próprio e com bondade.
Olha estou enviando para você. Você acaba de receber um lindo vestido azul.
Faça a sua parte.
Ajude-nos a melhorar o PLANETA!





*Parábola : Raízes Profundas

Tempos atrás, eu era vizinho de um médico cujo "hobby" era plantar árvores no enorme quintal de sua casa. 


Ás vezes, observava o o seu esforço para plantar árvores e mais árvores, todos os dias.
O que mais chamava a atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava. Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando muito a crescer. 
Certo dia, resolvi aproximar-me do médico e perguntei-lhe se não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca regava.

Foi quando, com ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria. 
Disse-me que se regasse suas plantas as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima. Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes de nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo. 
Assim, segundo ele, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes às intempéries. Disse-me ainda que, freqüentemente, dava uma palmadinha nas suas árvores, com um jornal enrolado, e que fazia isso para que se mantivessem sempre acordadas e atentas. 
Essa foi a única conversa que tive com aquele meu vizinho.

Logo depois, fui morar em outro lugar e nunca mais o encontrei. Passados vários anos, retornei onde eu morava e fui dar uma olhada na minha antiga residência. Ao me aproximar, notei um bosque ao lado que não havia antes. 
Então, percebi que o médico, meu antigo vizinho, havia realizado seu sonho! 

O curioso é que aquele era um dia de vento muito forte, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como que não resistindo ao rigor do vento predominante da região. Entretanto, ao me aproximar do quintal do médico, notei como estavam sólidas as suas árvores: praticamente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela ventania toda. 

“Que efeito curioso”, pensei. 

“As adversidades pela quais aquelas árvores tinham passado, levando "palmadelas" e tendo sido privadas de água, pareciam tê-las beneficiado de um modo que o conforto e o tratamento mais fácil jamais conseguiriam.”

Todas os dias, vejo sempre minhas filhas. Observo com estão crescidas. A muitos e muitos anos, sempre oro por elas. Na maioria das vezes, peço a Deus que torne fácil a vida delas: 

“Meu Deus, livre minhas meninas de todas as dificuldades e agressões deste mundo...”. 

Tenho pensado, entretanto, que é hora de alterar minhas orações. Essa mudança tem a ver com o fato de que é inevitável que os ventos fortes nos atinjam. Sei que minhas filhas encontrarão inúmeros problemas e que, portanto, minhas orações para que as dificuldades não ocorram têm sido ingênuas demais. 
Sempre haverá uma tempestade, ocorrendo em algum lugar. Portanto, pretendo mudar minhas orações. Farei isso porque, quer nós queiramos ou não, a vida é muito dura. 

Ao contrário do que tenho feito, passarei a pedir a Deus para que minhas filhas cresçam com raízes profundas, de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes, das mais divinas, que se encontram nos locais mais remotos.
Oramos demais para termos facilidades, mas na verdade pedidos desse tipo são raramente atendidos. O que precisamos fazer é pedir para que consigamos desenvolver raízes fortes e profundas, de tal modo que, quando as tempestades chegarem e os ventos soprarem, resistamos bravamente, ao invés de sermos simplesmente varridos para longe.

Reflita:
Não regue muito suas árvores. 


*Parábola : O Vento e o Sol

(Foto Autor desconhecido)
O Sol e o Vento discutiam sobre qual dos dois era mais forte. 


O Vento disse:
– Provarei que sou o mais forte. Vê aquele velho que vem lá embaixo com um capote? Aposto como posso fazer com que ele tire o capote mais depressa do que você.

O Sol, então, recolheu-se atrás de uma nuvem e o Vento soprou até quase se tornar um furacão, mas, quanto mais ele soprava, mais o velho segurava o capote junto a si. Finalmente o Vento acalmou-se e desistiu de soprar. 

O Sol saiu de trás da nuvem e sorriu bondosamente para o velho. Imediatamente ele esfregou o rosto e tirou o capote. 

O Sol disse, então, ao vento:
– A gentileza e a amizade são sempre mais fortes que a fúria e a força.

Reflita:
Gentileza gera Gentileza




*Parábola : O mensageiro que não obedeceu o Rei.

Era uma vez um jovem que recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a outro rei de uma terra distante. 

Recebeu também o melhor cavalo do reino para carregá-lo na jornada.

”Cuida do mais importante e cumprirás a missão!” 

Disse o soberano ao se despedir. Assim, o jovem preparou o seu alforje. Escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada na cintura, por baixo das vestes.

Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E não pensava sequer em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz, pronto para desposar a princesa. Aliás, esse era o seu sonho e parecia que a princesa correspondia às suas esperanças.

Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Dessa forma, exigia o máximo do animal. Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe tirava a sela nem a carga, tampouco se preocupava em lhe dar de beber ou comer.

Assim, meu jovem, acabas perdendo o animal, disse alguém. 
Não me importo, respondeu ele. Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta fará!

Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não suportou mais os maus tratos e caiu morto na estrada. O jovem simplesmente o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé. Mas como naquela região havia poucas fazendas e eram muito distantes uma das outras, em poucas horas o moço se deu conta da falta que lhe fazia o animal.
Estava exausto e sedento. Já tinha deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois lembrava da recomendação do rei:

“cuida do mais importante!” 

Seu passo se tornou curto e lento e as paradas, freqüentes e longas.

Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde, caiu exausto no pó da estrada onde ficou desacordado por longo tempo. No entanto, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino, o encontrou e cuidou dele.
Quando o jovem recobrou os sentidos, estava de volta em sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e sem remorso jogou toda a culpa do insucesso no cavalo “fraco e doente” que recebera.

Porém, majestade, conforme me recomendaste, “cuida do mais importante”, aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer. O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos.

Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado. Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia: 

“Ao meu irmão, rei da terra do norte! O jovem que te envio é candidato a casar com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo.
Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz-me, portanto, este grande favor e verifica o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem é fiel e sabe reconhecer quem o auxilia na jornada.
Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha nem àqueles que o servem”.


As vezes nos enganamos na vida dando valores as coisas erradas.

Reflita:
As vezes nos passam despercebidas certas ajudas no dia-a-dia ou até mesmo por toda a vida e não damos o devido valor à essas pessoas. É importante pensarmos nisso e refletirmos se estamos realmente cuidando do mais importante, dos verdadeiros diamantes raros