Mas sua mãe sabia que não haveria presentes de Natal por falta de dinheiro. Para evitar que ficasse desiludido, explicou-lhe:
- Há bens visíveis, que se compram com dinheiro, e bens invisíveis, que não se compram, nem se vendem, nem se vêem, mas que fazem a gente muito feliz: por exemplo, o carinho da mãe.
No dia seguinte, o filho acordou, correu até a janela e viu sua meia vazia. Recolhe-a com emoção e alegria e mostra-a à mãe:
- Mãe, está cheia de bens invisíveis! - exclamou feliz.
Mais tarde, na escola, houve um encontro de professores, pais e crianças, numa confraternização de Natal. Cada aluno mostrava, orgulhoso, seus presentes. Marcos parecia indiferente a toda essa euforia.
- E você, Marcos, o que ganhou? - perguntaram-lhe seus colegas
Marcos levantou a cabeça e mostrou sua meia vazia:
- Eu ganhei bens invisíveis! - respondeu.
Diante das gargalhadas de seus colegas, sua professora se aproximou e pediu silêncio para que Marcos pudesse explicar.
- Bens invisíveis - repetiu ele. - Amor, felicidade, amizade, carinho, harmonia, união, alegria, sabedoria, paciência e muitos mais...
Seus colegas não sabiam se deveriam rir ou ficar sérios.
Enquanto isso, Fredy, menino muito cheio de si e mascarado, e, por esta razão, pouco simpático aos seus colegas, estava sendo gozado, por inveja, pelas outras crianças, que desfaziam do belo carrinho com controle remoto que ele ganhou de presente e que orgulhosamente exibia. Eles punham defeito em tudo. Então, Fredy, furioso, pegou o carrinho e o espatifou contra o chão. Quando seus pais perceberam este gesto, aproximaram-se:
- Não sei o que fazer - disse o pai à professora que também se tinha aproximado. - Nenhum presente o torna feliz.
- Não sabemos o que fazer com ele - acrescentou a mãe.
Então, a professora, que conhecia os problemas de relacionamento de Fredy com seus pais, disse-lhes:
- Talvez Fredy goste do presente que ganhou Marcos. Perguntem a ele - disse mostrando-lhes o menino.
Os pais aproximaram-se de Marcos e ficaram conversando com ele durante alguns minutos. Depois comentaram com a professora:
- Acho que foram esses os presentes que devíamos ter-lhe dado e não lhe demos. Obrigado.
E foram embora, levando seu filho Fredy para dar-lhe de presente... "bens invisíveis"!
Reflita:
Os bens matérias são menos importantes do que os invisíveis.
Autor desconhecido